quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O meu mundo mais cor-de-rosa

Imagem do pinterest

Porque já a sinto todos os dias, o meu mundo é mais cor-de-rosa.
Porque é de amor que se fala, chama-se Ana Miguel.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A cara de grávida

Tenho tanto para escrever sobre o meu amor mais pequeno, mas por tantas coisas sobre as quais ainda escreverei, quero fazê-lo com tempo e com alma.

Mas não resisto a falar da minha "cara de grávida". Para mim, a cara de grávida é aquela que se instala nos últimos tempos da gravidez, quando o nariz se assemelha ao nariz de um adolescente e a boca a uma adepta do botox labial. Para mim, a cara de grávida é aquela que nos alerta que o parto está mesmo para breve.
Por isso, quando eu estava grávida de poucas semanas, quando a barriga não era de todo visível e quando fisicamente não se notava rigorosamente nada, a não ser um cansaço extremo de que padeci, mas que podia ser bem falta de férias, e alguém da família do meu marido me disse "estás mesmo com cara de grávida", pensei: "só me faltava esta, há gente que só gosta de nos pôr para baixo". Mas só pensei, tendo-me bastado com uma resposta polida "não me parece..."

Ao falar disto às minhas amigas, uma delas disse-me que o comentário podia ser bem intencionado, que podia ter sido no bom sentido, no sentido da beleza das grávidas. Disse que não, cara de grávida é aquela que está bem expressa no dia do parto do Pedro e nos dias seguintes (como é possível!).

Há uns dias, saí de manhã e o Miguel despediu-se dizendo que estava bonita. E sinto-me bem, finalmente, verdadeiramente bem.
Entrei numa loja e a dona, que me conhece bem, elogiou o meu estado. Disse-me algo como "está mesmo bonita, nota-se mesmo na sua cara que está grávida. Está com a chamada cara de grávida".

E foi aí que percebi que o primeiro comentário poderia ter sido efectivamente um elogio. E que tenho que reformular esta imagem da cara de grávida. Pelo menos até chegar às 36 semanas. ;)

A escola

Já se passaram 22 dias desde o primeiro dia. Desde esse dia em que o Pedro entrou feliz e que desatou a correr e a soluçar quando, 2 horas depois, me viu à porta, por uma minúscula abertura. Já se passaram os dias em que o meu coração era ainda mais pequeno que o buraco da fechadura de qualquer uma das portas da escola. Já se passaram os dias de choro, depois de beicinho, e de um autocontrolo que não sei onde o Pedro foi arranjar para não chorar. Muitas vezes lhe disse que chorar não era "portar mal", muitas vezes lhe disse que a mamã também chora quando está triste, porque ainda me custava mais vê-lo nesse sofrimento silencioso do que na forma expressiva das lágrimas e dos gritos.
Tranquilizaram-me os dias em que o Pedro ia feliz, que me dizia "vamos, mamã, vamos para a minha escolinha", de como evoluiu tanto, mas tanto, na questão da alimentação, como deu bem a volta à questão do dormir, porque o Pedro na escola não dorme, só "descansa no chão" ;)
Serena-me a forma como fala da professora Joana, dizendo-me que ela gosta muito do Pedro. Fico orgulhosa do como fala do seu amigo Diogo, mas também do Vicente, do Afonso Félix que chora muito pela mamã, da Matilde, que "é bonita a todas as horas", da menina que deu chocolates (uma menina que fez anos) mas que não lhe liga, da Daniela, que tem o "cabelo dourado", da "Carrolina"... E tenho que sorrir quando o ouço a cantarolar a toda a hora, quando me diz que comeu "melancia castanha" ou "arroz de pato azul" ou quando sinto que inventa histórias e peripécias para responder às (tantas) perguntas que lhe faço.
Hoje, surpreendentemente, voltou a chorar. E eu até acho que sei o que o fez mudar, mas não esperava ver o meu coração encolher outra vez.

sábado, 7 de setembro de 2013

4

4 é o número preferido do Pedro.

Todos os dias carrega no botão 4 do elevador que nos traz a casa.
Se alguém lhe perguntar a idade, responde primeiro 4 e só depois corrige para 2.
Se lhe pedirmos um número para jogar no totoloto, não hesita em dizer 4.

Faz sentido a preferência. Também eu me rendi ao 4.
Porque 4 é o tamanho certo da nossa família.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

As férias


Tal como se acorda de um sonho doce. É assim a chegada à Herdade da Matinha.
O local prometia tranquilidade, silêncio, descanso.

Mas a verdade é que nós fomos com 3 crianças, sendo que uma, de 3 meses, é um sossego, mas as outras duas têm 2 anos e meio!
Sim, basta dizer isto: 2 anos e meio!

 

Porque são abraços demasiado apertados, empurrões, o não querer emprestar os brinquedos, o subir isto e aquilo, o correr freneticamente, o falar alto, o rir e chorar por tudo e por nada, o desafiar várias leis da física, um a não querer tomar o pequeno almoço, outro a não comer a sopa (o que eu sofri estas férias com a sopa!), o querer comer gelados como adultos não o sendo...
Os dois juntos são muito mais do que 1+1! Garanto-vos! Em todos, mas todos os sentidos.

 E nós os 7 juntos também somos qualquer coisa... ;)